pandinha

pulo naquele espaço
e, mansinha te peço
que não perca o viço,
cheirando seu pescoço,
beijando o entorno do buço.

você me vê.

caio, de novo, abismo sem fim
na noite enluarada.
não há melhor canto no mundo,
sou e me sinto amada.

pela tempestade passo,
a dor do passado cesso.
resultado de tudo isso:
agora eu sinto que posso
amar sem presas no pulso.

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