.: das verdades que escoam pelas mãos :.

chega um momento em que é a hora de largar o lápis e aparar as arestas da própria linha de raciocínio. recortar e colar informações da vida não colabora mais tanto quanto deveria, e o eixo (aquela linha tênue entre expectativa e realidade) perde a forma, perde a trilha das migalhas de pão que foram jogadas justamente para que demarcar o caminho de volta.

a sabedoria não está somente em saber seguir, mas também em entender a importância de voltar. não no sentido de voltar atrás mas no de revisitar o lugar de origem, aquele segundo que explodiu a primeiro desejo de ir além e experimentar os novos sabores.

parei e repassei mentalmente todos os passos que me trouxeram até aqui, e percebi que nem todos os atalhos necessariamente pouparam ou encurtaram a minha caminhada. percebi também que os companheiros de caminhada podem ter o ritmo completamente diferente do seu, e o que importa mesmo é que nos dêem a esperança de que é possível chegar lá.

por hoje, decidi ficar por aqui. esperando os bons ventos que tragam as passadas firmes e decididas que me levem aonde eu mereço estar.

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