.: meu cafofo :.
25 anos depois, hoje é o grande dia. Desde que me entendo por gente, esperei pelo momento que sairia de casa, da casa aonde se encontram os rascunhos originais de todas as pessoas que conheço por família. Histórias, sensações, objetos... tudo o que fui durante praticamente 16 anos da minha vida. Cada foto, rodapé, parede, piso quebrado. Eu sei de tudo, tudo. Eu senti tudo.
Na prática, percebi que, para (sobre)viver, preciso basicamente de uma bolsa que separei: com o notebook e a pasta de todos os documentos. Com isso, posso trabalhar, e ser gente, como pede a cartilha. Todas as outra coisas são apenas o elo paupável com tudo de mim que não quero esquecer.
Engraçado, depois de muito tempo, ter a sensação de sábado no quarto de casa, revendo 1/4 de século dentro desse universo dentro de quatro paredes. A sensação de ter que dar um jeito de guardar todas as lembranças na cabeça de uma vez só, para não ter que morar para sempre com os bilhetinhos, notas, borrachas, telefones, cartas, cartões e fios que se acumularam.
Vontade de fingir que tudo é de mentira, vamos guardar tudo de novo, e deitar com as pernas para cima, como todo sábado de sol... Sinto-me insegura e cansada. Mora em meu estômago um fiozinho de receio que às vezes ameaça subir e explodir em um choro sentido. Uma pontinha de imensa saudade de algo dentro de mim que não sei se perdi, ou se transformou em outra coisa.
Sonhando acordada, consigo até sentir o cheiro dos momentos felizes no novo espaço que vou habitar. Já conheço alguns de seus rodapés e cores, e o melhor: a companhia que quero ao meu lado.
(05.05.07)
Na prática, percebi que, para (sobre)viver, preciso basicamente de uma bolsa que separei: com o notebook e a pasta de todos os documentos. Com isso, posso trabalhar, e ser gente, como pede a cartilha. Todas as outra coisas são apenas o elo paupável com tudo de mim que não quero esquecer.
Engraçado, depois de muito tempo, ter a sensação de sábado no quarto de casa, revendo 1/4 de século dentro desse universo dentro de quatro paredes. A sensação de ter que dar um jeito de guardar todas as lembranças na cabeça de uma vez só, para não ter que morar para sempre com os bilhetinhos, notas, borrachas, telefones, cartas, cartões e fios que se acumularam.
Vontade de fingir que tudo é de mentira, vamos guardar tudo de novo, e deitar com as pernas para cima, como todo sábado de sol... Sinto-me insegura e cansada. Mora em meu estômago um fiozinho de receio que às vezes ameaça subir e explodir em um choro sentido. Uma pontinha de imensa saudade de algo dentro de mim que não sei se perdi, ou se transformou em outra coisa.
Sonhando acordada, consigo até sentir o cheiro dos momentos felizes no novo espaço que vou habitar. Já conheço alguns de seus rodapés e cores, e o melhor: a companhia que quero ao meu lado.
(05.05.07)
Comentários
É uma droga ser gente grande. Continuo sempre querendo mesmo é minha mãe!