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Mostrando postagens de novembro, 2015

.: encasulada :.

dentro do casulo negro, minúsculo, sem mobilidade, visibilidade, sem ar. não moro mais em mim, não aguento não-ser, por mais um dia. deu no face que o vácuo tem mais força que tudo, até do que a própria força. algo disse que por isso, lá fora só podia ser melhor. explodo em fúria, abro o peito e a espinha. abro os braços para, talvez, romper a casca. desfaço um pouco contra a parede, e depois de insistir, desfaço também com ela. sinto que já não era mais só eu. só que do vão lá de fora, não vem o que esperava. demonstro tentativa de estancamanto, mas não tem nada de ação, não passa de ideia. lama negra, viscosa, tóxica é o que me rodeia, continua entrando no buraco que tento tapar casualmente, fechando os olhos. deu no face que o vácuo tem mais força que tudo. que a massa não tá com nada, só vale se tiver molho vermelho. e não é o da ideologia. com o passar do tempo, aprendi a mentir que talvez sempre tenha sido assim.